sábado, 26 de abril de 2008

Teatro - "Energias Renováveis" :O que será?


Apontamentos

Um espectáculo teatral pode despoletar no espectador a catarse, a partir do momento em que este actualiza as suas memórias, ou descobre novas vivências no momento da apresentação teatral podendo desenvolver "energias" renováveis no sentido de repensar, analisar, discutir e reflectir novas problemáticas. Com o actor pode acontecer, que ele renove as suas energias, ou energia de interpretação cénica, porque ela nunca pode decair, podendo desta forma, também, ir buscar informação e vivências às suas “memórias” catalizando-as para a personagem que foi construída e em constante mutação.


O Teatro pode ser energia renovável porque de facto vai tratar, reflectir e problematizar situações de vida que por vezes nunca nos deparámos e pensámos sobre elas. Com isso estamos a apreender e aprender outros caminhos que nos levam a uma situação extra-quotidiana.


Tipos de energias que o teatro pode provocar, na interacção actor/ espectador

Energia catártica
Energia emotiva
Energia memorial (vivências)

As energias podem ser passivas e activas

As activas são geralmente directas, em que tecnicamente pode haver uma conversão de calor em energia mecânica do corpo a partir de pensamentos, criatividade e acção dramática.

As passivas apelam a um sistematizar constante de situações de memórias e vivências.


Comparo a energia do actor com a energia eólica

A boline sob o barco à vela oferece resistência lateral à acção do vento, permitindo um avanço gradual contra o vento. A energia eólica é a energia que provém do vento. O termo eólico vem do latim aeolicus, pertencente ou relativo a Éolo, Deus dos ventos na mitologia grega e, portanto, pertencente ou relativo ao vento.

A energia do actor provém precisamente de um “fervilhar interior”- bobine, permitindo um avanço gradual contra forças interiores passivas ou de relaxamento atroz que se geram por melancolia, problemas pessoais, aqui sim, podemos aproveitar estes problemas para exteriorizar no momento da interpretação. Haveria muito mais a dizer...



Silva Baptista

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