Benjamin Franklin Wedekind nasceu em Hannover, na Alemanha, a 24 de Julho de 1864. Durante a sua vida destacou-se na arte da escrita, sendo considerado por muitos, como um dos maiores dramaturgos alemães de sempre. Bertold Brecht fez a seguinte afirmação sobre este dramaturgo: "Como Tolstoi e Strindberg ele foi um dos grandes educadores da Europa moderna.
"Faleceu a 9 de Março de 1918, na cidade de Munique, deixando atrás de si um espólio inigualável.
Breve Cronologia
1890 - Escreve O Despertar da Primavera.
1891 - Publica O Despertar da Primavera. É inviável a representação das suas peças. O naturalismo domina os teatros e Wedekind é decididamente antinaturalista. Parte para Paris onde entra na atmosfera de boémia das Variétés Parisiennes e do Cirque d`Hiver. Dá-se com palhaços, "boxeurs", cantores e refugiados políticos.
1897 - É representado O Espírito da Terra em Leipsig pelo Ibsen Theater de Karl Heine. Wedekind estreou-se como actor representando o papel do doutor Schön com Leonie Taliansky em Lulu; a tensão nervosa das representações faz com que adoeça e impede-o de continuar com a companhia durante a "tournée" pelo norte da Alemanha.
1903-1904 - Há várias peças de Wedekind em cena. Ele começa a aprender a representar, a dançar e a maquilhar.1904 - Escreve Hidalla e A Caixa de Pandora, segunda peça da trilogia Lulu.
1906 - Wedekind e Tilly casam-se. Max Reinhardt contrata-o como actor. É levada a tribunal a publicação da peça A Caixa de Pandora que acaba por ser proibida. Max Reinhardt que tencionava apresentar a peça com wedekind no papel de Schigolch, encena O Despertar da Primavera com Wedekind no papel do Senhor Disfarçado. São dadas trezentas e vinte e uma representações da peça. A Morte e o Demónio é representado pelo Intimes Theater de Nuremberga, numa encenação de Emil Messthaler, com Tilly Wedekind em Lisiska e Wedekind em Casti-Piani. Escreve Música.
Sinopse
Jovens adolescentes, confrontam-se e afrontam-se com situações onde interagem nas suas histórias que se cruzam com as de outros dois jovens adolescentes.
Melchior pertence a uma família onde o pai é um representante do poder e Vanda que nasce no seio de uma família da classe média alta, recebendo da mãe uma educação tradicional e religiosa, despoletando encontros que se encaminham para o “despertar da sexualidade” de cada um, numa Primavera repleta de desejos, sonhos e fantasias.... Entre brincadeiras, estudo, tropelias e desabafos, sente-se o respirar das suas vidas, onde tudo é diferente depois das situações de “instinto”, do “primeiro sinal”, bem como, o peso da repressão e condenação, apresentada por estes jovens que se vão descobrindo e simultaneamente mostrando ao mundo dos adultos, denunciando os preconceitos e o conservadorismo das instituições e dos chefes de família, que prezam a todo o custo a sua imagem; o cinismo de uma religião castradora e hipócrita; a inutilidade de uma educação, tão pouco atenta às suas dúvidas e anseios. Seremos confrontados com problemas flagrantes tais como, o abuso sexual, a violência doméstica, a gravidez na adolescência, a droga, a prostituição, o suicídio...
Melchior pertence a uma família onde o pai é um representante do poder e Vanda que nasce no seio de uma família da classe média alta, recebendo da mãe uma educação tradicional e religiosa, despoletando encontros que se encaminham para o “despertar da sexualidade” de cada um, numa Primavera repleta de desejos, sonhos e fantasias.... Entre brincadeiras, estudo, tropelias e desabafos, sente-se o respirar das suas vidas, onde tudo é diferente depois das situações de “instinto”, do “primeiro sinal”, bem como, o peso da repressão e condenação, apresentada por estes jovens que se vão descobrindo e simultaneamente mostrando ao mundo dos adultos, denunciando os preconceitos e o conservadorismo das instituições e dos chefes de família, que prezam a todo o custo a sua imagem; o cinismo de uma religião castradora e hipócrita; a inutilidade de uma educação, tão pouco atenta às suas dúvidas e anseios. Seremos confrontados com problemas flagrantes tais como, o abuso sexual, a violência doméstica, a gravidez na adolescência, a droga, a prostituição, o suicídio...
Porquê a escolha deste texto e este desafio?
Este exercício teatral é mais um projecto a concretizar a partir do texto de Frank Wedekind e vai ser levado a cena pelo Grupo de Teatro.
Desta vez, propõem-se, através da arte teatral, recriar o mundo da adolescência, um mundo de descoberta e de afirmação, mas também de conflitos, para os quais devemos estar atentos. A adaptação dramatúrgica, foi concebida por Silva Baptista, Carlos Bernardo e jovens adolescentes que gostam de fazer Teatro e, que entraram recentemente para o Grupo com vontade de se candidatarem a enfrentar este desafio como um exercício de reflexão e representação.
Para quê?
Além do exercício /espectáculo, pretendemos organizar e apresentar debates com psicólogos, psiquiatras e sacerdotes, onde estarão em causa algumas problemáticas do mundo que nos rodeia e onde certamente nos iremos deparar com momentos de reflexão, não só para os adolescentes, mas também para os pais, professores, educadores e todos os que têm responsabilidades na formação dos jovens. Por este facto, consideramos a necessidade de apresentar este trabalho a algumas Escolas Básicas de 3º Ciclo e Secundárias do Distrito da Guarda e Coimbra, bem como para a comunidade em geral. Sendo assim, gostaríamos de poder contar como o apoio de todos os professores, muito em particular daqueles que dinamizam os projectos de Educação para a Sexualidade, no sentido de organizarem a vinda dos alunos ao Cine -Teatro Municipal de Gouveia, onde poderão assistir a um espectáculo que esperamos seja do agrado de todos.
Um dos grandes objectivos é precisamente levar à discussão, reflexão e análise crítica sobre os preconceitos ainda existentes na matéria da sexualidade, a problemática da repressão, da violência nas Escolas e na Família.
Além do exercício /espectáculo, pretendemos organizar e apresentar debates com psicólogos, psiquiatras e sacerdotes, onde estarão em causa algumas problemáticas do mundo que nos rodeia e onde certamente nos iremos deparar com momentos de reflexão, não só para os adolescentes, mas também para os pais, professores, educadores e todos os que têm responsabilidades na formação dos jovens. Por este facto, consideramos a necessidade de apresentar este trabalho a algumas Escolas Básicas de 3º Ciclo e Secundárias do Distrito da Guarda e Coimbra, bem como para a comunidade em geral. Sendo assim, gostaríamos de poder contar como o apoio de todos os professores, muito em particular daqueles que dinamizam os projectos de Educação para a Sexualidade, no sentido de organizarem a vinda dos alunos ao Cine -Teatro Municipal de Gouveia, onde poderão assistir a um espectáculo que esperamos seja do agrado de todos.
Um dos grandes objectivos é precisamente levar à discussão, reflexão e análise crítica sobre os preconceitos ainda existentes na matéria da sexualidade, a problemática da repressão, da violência nas Escolas e na Família.
Silva Baptista
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