
Sabias que o Teatro foi uma manifestação cultural criada pela Civilização da Antiga Grécia ?
O Teatro nasceu em Atenas, associado ao culto de Dionísio, deus do vinho e das festividades.As representações teatrais tinham lugar em recintos ao ar livre, construídos para o efeito. Os teatros gregos tinham tão boas condições que os espectadores podiam ouvir e ver, à distância, tudo o que se passava em cena, mesmo tratando-se de uma assistência muito numerosa. Isso devia-se, por um lado, ao facto de as bancadas se abrirem em leque sobre a encosta de uma colina e, por outro lado, a diversos artifícios utilizados em cena. Os actores usavam trajes de cores vivas e sapatos muito altos para ficarem com uma estatura imponente. Cobriam o rosto com máscaras que serviam quer para ampliar o som da voz, quer para tornar mais visível à distância, a expressão do personagem. Um aspecto curioso é que, em cada peça, só existiam três actores, todos do sexo masculino. Cada um deles tinha que desempenhar vários papéis, incluindo os das personagens femininas. A representação dos actores, que actuavam na cena, era acompanhada pelos comentários do coro, que se movimentava na orquestra, juntamente com os músicos. Havia dois géneros de representações: a tragédia e comédia. As tragédias eram peças ou representações que pretendiam levar os espectadores a reflectirem nos valores e no sentido da existência humana. As comédias eram, por sua vez, peças de crítica social que retratavam figuras e acontecimentos da sociedade da época, ridicularizando defeitos e limitações da actuação dos homens, provocando o riso na assistência.
Vinte e sete de março( 27 de Março) é internacionalmente comemorado como o Dia Mundial do Teatro. Retrocedendo no tempo anterior ao período cristão e, que marca o nosso actual calendário, vamos encontrar a Grécia Antiga, palco florescente de todas as artes, em especial a Arte Cénica. Talvez por falta de um material mais consistente que remonte aos tempos de Téspis, encenador e dramaturgo que se ocupava de uma carroça para concretizar os seus espetáculos em praças públicas, de uma cidade para outra, os grandes historiadores de teatro concentram-se na tragédia grega como ponto inicial dessa arte que até hoje sobrevive a todas as guerras e dificuldades. Para alguns desses historiadores, a tragédia teria nascido de um culto, junto ao altar de algum deus, e que seria uma das maravilhas espirituais do mundo marcando a união do drama com o povo, afirmando e fortalecendo a Grécia de então. Para eles, drama tem o significado de acção e, de entre todas as acções dramáticas, a tragédia seria a jóia de maior preço. Dificilmente existirá um poeta, um filósofo, um estadista ou um sábio, que não se tenha detido alguma vez, demoradamente, com o seu pensamento, analisando a essência da tragédia, porque com certeza sentiu na própria vida os perigos que enfrentou quando, ao empenhar-se em grandes tarefas, cruzou com a incerteza, a contingência de uma ideia em que se empenhara. Sentiram, que não chegara aquilo que na terra nos é oferecido como compensação de aflições íntimas. Sentiram muito mais: a divindade que não responde ao suplicante, por que não se pode colocar em palavras aquilo que ela poderia responder-nos, já que as palavras não passam de uma invenção humana, e nada mais são, do que metáforas. A divindade deixa-nos apenas pressentir que existe, quer seja através das palavras elevadas dos fundadores das várias religiões e dos profetas, da linguagem dos poetas e escultores, da música e seus compositores ou do sucesso de um feito concretizado com coragem e amplitude de responsabilidade, ou mesmo, de um fracasso resultante da extravagância e da irresponsabilidade humana. Tudo isto alimentou a tragédia antiga, a cujo campo pertencem os conflitos entre a moral e a paixão, a lei e o direito natural, a medida e o orgulho, entre o conhecimento e um impulso desconsiderado que nos tenta levar às estrelas. Da hipertrofia do eu, resultam as exigências que visam o mundo e raras vezes serão satisfeitas. De contrários duros e inexoráveis, nasce a tragédia, a flor escura e turva onde as gotas do orvalho são lágrimas de um deus compassivo. No decorrer desta criação artística do homem, seguiram-se as várias nuances da arte cénica, desenvolvidas através da comédia grega, do teatro greco-romano, dos mistérios medievais. O drama do renascimento e a comédia dell´arte, o drama pastoril e os dramas populares, o drama shakespeariano, o mimo, a ópera barroca, o teatro popular do barroco, a dramaturgia francesa de Racine, Corneille, Moliére, o drama alemão do iluminismo, a dramaturgia revolucionária do romantismo e do realismo, a dramaturgia burguesa, o drama social, o expressionismo e tantas outras vertentes desta arte retratam bem o quotidiano das nações e da raça humana. Pelo contexto Histórico e Sócio Cultural e, pelo valor que representa na formação e educação cultural da Sociedade, brindemos neste 27 de Março a mais um Dia Internacional do Teatro, aproveitando para comunicar aos nossos governantes no sentido de que, dediquem parte do seu tempo a promover a produção cultural deste país. Como dizia Garcia Lorca, "um povo que não ajuda ou não fomenta o seu teatro, se não está morto, está moribundo.
Vinte e sete de março( 27 de Março) é internacionalmente comemorado como o Dia Mundial do Teatro. Retrocedendo no tempo anterior ao período cristão e, que marca o nosso actual calendário, vamos encontrar a Grécia Antiga, palco florescente de todas as artes, em especial a Arte Cénica. Talvez por falta de um material mais consistente que remonte aos tempos de Téspis, encenador e dramaturgo que se ocupava de uma carroça para concretizar os seus espetáculos em praças públicas, de uma cidade para outra, os grandes historiadores de teatro concentram-se na tragédia grega como ponto inicial dessa arte que até hoje sobrevive a todas as guerras e dificuldades. Para alguns desses historiadores, a tragédia teria nascido de um culto, junto ao altar de algum deus, e que seria uma das maravilhas espirituais do mundo marcando a união do drama com o povo, afirmando e fortalecendo a Grécia de então. Para eles, drama tem o significado de acção e, de entre todas as acções dramáticas, a tragédia seria a jóia de maior preço. Dificilmente existirá um poeta, um filósofo, um estadista ou um sábio, que não se tenha detido alguma vez, demoradamente, com o seu pensamento, analisando a essência da tragédia, porque com certeza sentiu na própria vida os perigos que enfrentou quando, ao empenhar-se em grandes tarefas, cruzou com a incerteza, a contingência de uma ideia em que se empenhara. Sentiram, que não chegara aquilo que na terra nos é oferecido como compensação de aflições íntimas. Sentiram muito mais: a divindade que não responde ao suplicante, por que não se pode colocar em palavras aquilo que ela poderia responder-nos, já que as palavras não passam de uma invenção humana, e nada mais são, do que metáforas. A divindade deixa-nos apenas pressentir que existe, quer seja através das palavras elevadas dos fundadores das várias religiões e dos profetas, da linguagem dos poetas e escultores, da música e seus compositores ou do sucesso de um feito concretizado com coragem e amplitude de responsabilidade, ou mesmo, de um fracasso resultante da extravagância e da irresponsabilidade humana. Tudo isto alimentou a tragédia antiga, a cujo campo pertencem os conflitos entre a moral e a paixão, a lei e o direito natural, a medida e o orgulho, entre o conhecimento e um impulso desconsiderado que nos tenta levar às estrelas. Da hipertrofia do eu, resultam as exigências que visam o mundo e raras vezes serão satisfeitas. De contrários duros e inexoráveis, nasce a tragédia, a flor escura e turva onde as gotas do orvalho são lágrimas de um deus compassivo. No decorrer desta criação artística do homem, seguiram-se as várias nuances da arte cénica, desenvolvidas através da comédia grega, do teatro greco-romano, dos mistérios medievais. O drama do renascimento e a comédia dell´arte, o drama pastoril e os dramas populares, o drama shakespeariano, o mimo, a ópera barroca, o teatro popular do barroco, a dramaturgia francesa de Racine, Corneille, Moliére, o drama alemão do iluminismo, a dramaturgia revolucionária do romantismo e do realismo, a dramaturgia burguesa, o drama social, o expressionismo e tantas outras vertentes desta arte retratam bem o quotidiano das nações e da raça humana. Pelo contexto Histórico e Sócio Cultural e, pelo valor que representa na formação e educação cultural da Sociedade, brindemos neste 27 de Março a mais um Dia Internacional do Teatro, aproveitando para comunicar aos nossos governantes no sentido de que, dediquem parte do seu tempo a promover a produção cultural deste país. Como dizia Garcia Lorca, "um povo que não ajuda ou não fomenta o seu teatro, se não está morto, está moribundo.
Silva Baptista
" História do Teatro e da Literatura Dramática"
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